Aplicações das funções matemáticas (constante, 1º grau e 2º
grau) em cinemática.
É a função y=k, onde k é um
número real. O gráfico da função
constante é uma reta paralela ao eixo do x passando pelo ponto (x=0, y=k). Figura-1.
Exemplos (em cinemática):
Quando um ponto material está em repouso (=parado) no
quilômetro 100 de uma rodovia, seu espaço é constante com o tempo, figura-2; A
velocidade v de um movimento
uniforme é uma função constante com o tempo, figura-3; no movimento
uniformemente acelerado MUV a aceleração é constante com o tempo, figura-4.
2) Função
linear e função do 1º grau
Função linear é a função y=bx, onde
b é um número real, diferente de
zero. Seu gráfico é uma reta que passa pela origem O do plano cartesiano (Oxy),
figura-5.
Função do 1º grau é a função y = bx + a,
onde a e b são números reais (b≠0). Seu
gráfico também é uma reta, figura-6. Se
a=0, a função do 1º grau se reduz a uma função linear.
Exemplos (em cinemática):
A função horária do movimento
uniforme (MU) s
= s0 + vt é do 1º grau em t, figura-7; e a função v = v0
+ αt da velocidade do MUV, também, é do 1º grau em t, figura-8.
3) Função
do 2º grau
É a função y = a + bx + cx², onde a, b, c são números reais (c≠0).Seu gráfico é uma parábola. Se o coeficiente c é positivo, a parábola tem concavidade voltada para cima, figura-09;
se c é negativo, a concavidade é
voltada para baixo, figura-10.
A função horária do movimento
uniformemente variado (MUV) s = s0 + v0t + (α/2)t² é
do tipo 2º grau em t. O sinal da
aceleração α determina a concavidade da parábola. Se α > 0 é voltada para cima e se α < 0
é voltada para baixo, figura-11.
4) Coeficiente
angular da reta
Na função do 1º grau y = a + bx,
o número real b é chamado de coeficiente angular ou declive de reta
representada no eixo cartesiano. O coeficiente angular b está associado ao
ângulo θ da direção da reta com o eixo x, figura-12.
O coeficiente angular é
numericamente igual à tangente trigonométrica do ângulo da direção da reta com
o eixo x.
A função horária s = f(t)
do movimento uniforme é uma função do 1º grau em t, onde o coeficiente angular é a própria
velocidade do movimento,
figura-15:
A função da velocidade v = f(t)
do movimento uniformemente variado (MUV) é uma função do 1º grau em t, onde o coeficiente
angular é a própria aceleração do movimento, figura-16:
Vamos considerar o gráfico da
função s = f(t) de um movimento qualquer, não uniforme (Fig-17).
Os tempos t1 e t2
correspondem às posições s1 e s2 (Fig-18).
A velocidade média neste
intervalo de tempo é:
À medida que t2 tende
a t1, o segmento P1P2 tende a tangente
geométrica à curva do ponto P1 (Fig-19).
Portanto, a velocidade
instantânea em t1 será medida pela tgθ, onde θ é o ângulo formado
pela tangente geométrica à curva do ponto P1 com o eixo t
(Fig-20).
De forma análoga, podemos aplicar
os mesmos procedimentos para a função velocidade v = f(t); sendo que neste
caso, a tgθ nos fornece a aceleração α do movimento (Fig-23).
Todas as propriedades gráficas
anteriores podem ser resumidas em EVA,
sendo E indica o espaço, V a velocidade e A igual à aceleração:
Em outras palavras: no gráfico do
espaço em função do tempo, a tgθ nos fornece a velocidade; no gráfico da
velocidade em função do tempo, a tgθ nos fornece a aceleração.
5) Cálculos
de áreas em cinemática.
No movimento
uniforme (MU) a velocidade é uma função constante com o tempo
(Fig-24). Nessa figura, o número que mede a área A é igual ao número
que mede o espaço percorrido ∆s no intervalo de tempo t1 e t2.
Verifiquemos essa propriedade
considerando o movimento:
s = 5 + 10t (t→s, s→m), onde v=10 m/s=constante.
A = 2 x
10 = 20; portanto a área é numericamente igual ao espaço percorrido
nesse intervalo de tempo.
Essa
propriedade é verdadeira para qualquer tipo de movimento. Na figura-25, no
gráfico da velocidade em função do tempo, a área A da região, delimitada pela
curva e o eixo das abscissas é numericamente igual ao espaço percorrido (∆s)
pelo móvel nesse intervalo de tempo.
No
movimento uniformemente variado (MUV) cuja velocidade varia com o tempo,
segundo a equação:
v =
10 + 2t (t→s, v→m/s) e α = 2 m/s²
No gráfico da aceleração α em
função do tempo (Fig-26), a área A é numericamente igual à variação de
velocidade ∆v, no intervalo de tempo de t1 = 2s e t2
= 4s.
No gráfico-26, a área A é A = 2 x 2 = 4, portanto, ∆v
= 4 m/s
Essa
propriedade é válida em qualquer tipo de movimento. A aceleração em função do tempo, na figura-27, a área A da região
delimitada pela curva e o eixo das abscissas é numericamente igual à variação
de velocidade (∆v) do móvel nesse intervalo de tempo.
As propriedades gráficas
estudadas neste item resultam em AVE.
Onde A=aceleração, V=velocidade e E=espaço.
Assim, no gráfico da aceleração
em função do tempo, numericamente a área A mede a variação de velocidade. No gráfico da velocidade em função do tempo,
numericamente a área A mede o espaço percorrido.
6) Juntando EVA e AVE, temos:
Nota-se que fundamentalmente, há
2 tipos de cálculos em gráficos:
O
cálculo da tgθ; tangente trigonométrica do ângulo da inclinação da reta, que
tangencia geometricamente, em um ponto, o gráfico da função(Fig28).
SENSACIONAL MESTRE! PARABÉNS
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