quarta-feira, 29 de abril de 2015

Cinemática - Ex.Resolvidos-01

As soluções estão no final da lista de exercícios.

1) Um corpo é lançado na vertical, de baixo para cima, com velocidade inicial de 49 m/s, em local onde g=9,8 m/s².   Calcule o tempo total gasto pelo corpo para voltar ao ponto de partida e sua velocidade ao chegar ao mesmo.


2) Um observador situado no topo de um prédio de 44,8 metros de altura vê passar, para cima, e 4 segundos após para baixo, um corpo lançado verticalmente na base do edifício.
Determinar a altura máxima alcançado pelo corpo e o módulo da velocidade de lançamento.  Considerar:  g = 10 m/s²


3) Um corpo animado de MRUA tem num determinado instante a velocidade de 8 m/s.  Decorridos 10 segundos, sua velocidade torna-se igual a 28 m/s.  Calcule a aceleração do corpo.


4) Dois automóveis partem de duas cidades A e B em horários diferentes.  A distância entre A e B é 300 Km.  As velocidades dos dois carros são uniformes e de sentidos contrários.  VA = 50 Km/h e VB = 100 Km/h.   Os tempos de partida são respectivamente tA = 12:00h e tB = 13:00h.   Desenhe o gráfico que representa os movimentos dos dois veículos, tomando-se como origem do sistema de referência a cidade A.


5) Um macaco que pula de galho em galho em um zoológico, demora 6 segundos para atravessar sua jaula, que mede 12 metros. Qual a velocidade média dele?


6) Um carro viaja de uma cidade A a uma cidade B, distantes 200km. Seu percurso demora 4 horas, pois decorrida uma hora de viagem, o pneu dianteiro esquerdo furou e precisou ser trocado, levando 1 hora e 20 minutos do tempo total gasto. Qual foi a velocidade média que o carro desenvolveu durante a viagem?


7) Durante uma corrida de 100 metros rasos, um competidor se desloca com velocidade média de 5m/s. Quanto tempo ele demora para completar o percurso?


8) É dado o movimento s = 100 + 80t, onde s → m, t → s. Determine:
a)     O espaço inicial e a velocidade;
b)     O espaço quando t = 2s;
c)      O instante em que o móvel se encontra a 500 m da origem de espaço;
d)     O sentido do movimento (progressivo, ou retrógrado)?



9) É dado o movimento s = 60 – 12t, onde s → km, t → h.  Determine:
a)     O espaço inicial e a velocidade;
b)     O espaço quando t = 3h;
c)      O instante em que o móvel passa pela origem de espaços;
d)     O sentido do movimento (progressivo, ou retrógrado)?


10) Um ponto material possui velocidade constante de valor    absoluto 70 Km/h, e se movimenta em sentido oposto ao da  orientação positiva da trajetória.  No instante t = 0 h, esse  ponto passa pelo marco igual a 420 Km da origem de espaços  na trajetória.  Determine:
a)  A equação horária;
b)  O instante em que o móvel passa pela origem de espaços.


11)  Dois móveis percorrem a mesma trajetória e suas posições    estão medidas a partir do marco escolhido na trajetória.  Suas  funções horárias são:
a)     SA= 30 – 80t
b)     SB = 10 + 20t
    Onde t = tempo em horas e o SA e SB são posições em
    quilômetros.     Determine o instante e a posição do encontro.


12)  Dois móveis P1 e P2 caminham na mesma trajetória e no  instante em que se dispara o cronômetro (t=0) suas posições  são:


    Os sentidos de seus movimentos estão indicados na figura e suas  velocidades (em valor absoluto) são respectivamente iguais a v1   = 20 m/s e v2 = 10 m/s. Determine o instante e a posição de  encontro dos móveis.


13) Duas cidades A e B estão separadas pela distância de 300    Km, medidos ao longo da estrada que as liga.  No mesmo  instante, um móvel P passa por A, dirigindo-se a B, e outro  móvel Q passa por B, dirigindo-se a A.  Seus movimentos são  uniformes e suas velocidades (em valor absoluto) são iguais a  80 Km/h (P) e 70 Km/h (Q).  Determine:
a)     O instante do encontro;
b)     A posição de encontro.


14) Determinar o intervalo de tempo (em minutos) para a luz vir  do SOL à TERRA. No vácuo, a velocidade da luz é constante  e aproximadamente igual a 3,0 x 105 km/s.  A distância entre  o Sol e a Terra é de 1,49x108 km.  Considere o movimento  de propagação da luz como retilíneo e uniforme.


15) Durante uma tempestade, um indivíduo vê um relâmpago,  mas, ouve o trovão 5 segundos depois. Considerando-se o  som no ar, com velocidade praticamente constante e igual a  340 m/s, determine: A) a distância que separa o indivíduo e o  local do relâmpago; B) o tempo que a luz levou para ir do  local onde foi produzido o até onde está o indivíduo.  A  velocidade da luz é aproximadamente igual a 300 000 km/s.


16)  A velocidade de projeção de um filme sonoro é constante e na razão de 24 fotografias projetadas em cada segundo na tela. Quantas fotografias são projetadas na tela durante a projeção de um filme que dure 2 horas.


17) A velocidade média de um móvel na metade de um percurso  é 30 km/h e esse mesmo móvel tem a velocidade média de 10  km/h na metade restante desse mesmo percurso.  Determine a  velocidade média do móvel no percurso total.


18) Dois trens P e Q percorrem trajetórias retilíneas e paralelas.   O trem P possui 30 m de comprimento e velocidade de 30  km/h e o trem Q possui 50 m e 10 km/h; seus movimentos são  uniformes. Determine: a) o intervalo de tempo da  ultrapassagem, isto é, o intervalo de tempo necessário para  que o trem mais veloz P ultrapasse o trem mais lento Q; b) o  espaço percorrido por P durante a ultrapassagem.


19) O maquinista de um trem de passageiros vê a sua frente, na  mesma linha férrea e caminhando no mesmo sentido, um trem  de carga.  Para evitar um desastre, o maquinista aciona os  freios causando um retardamento constante de 4 m/s² (em  módulo). No instante que acionou os freios, a velocidade do  trem de passageiros era 72 km/h, e o mesmo estava a 100 m  do trem de carga.  O movimento do trem de carga é uniforme,  com velocidade igual a 43,2 km/h. Determine: a) se há colisão  dos trens; b) se não houver, qual a distância que os separa, no  instante em que o trem de passageiros pára.


20) A distância da TERRA a LUA é aproximadamente  3,84x108  m.  Admita a Terra e Lua estacionárias no espaço e  considere um foguete que segue trajetória retilínea da Terra à  Lua, com velocidade constante de 1,52x10³ m/s.  Determine o  tempo de duração do trajeto em segundos e em horas.


SOLUÇÕES:

R1)
Desprezando a influência do ar: a velocidade com que o corpo retorna ao ponto de partida é a mesma da velocidade de lançamento, portanto, igual a 49 m/s.

Vamos calcular o tempo total:  t = ts + td, mas ts = td, então, t = 2*ts
Sabemos que a expressão que descreve a velocidade é:  v = vo + αts = vo –gts, logo,  0 = 49 – 9,8ts  →  ts = 5 s.

Portanto, o tempo total de ida e volta = t = 2*ts = 2*5 =10  t = 10s




R2)
Dados: g = 10 m/s², h1=44,8 m

ts = tempo de subida, td = tempo de descida  e ts=td=t
ts + td = 4s →  2t = 4  →  t = td = ts = 2s

Fazendo o desenho do problema:



























Descida:  h2=?, vo = 0, g= +10m/s²  (g é positivo porque sentido para baixo)
h2 = (h2)0 + vo.t + g.t²/2   →  h2 = g.t²/2 = (+10).2²/2 =  20 m

Como as distâncias de subida e descida são iguais, em relação ao observador no topo do prédio: 

A altura máxima:  hmax = h1 + h2 = 44,8 + 20 = 64,8 m   →   hmax = 64,8 m


Aplicando a fórmula de Torricelli:


Temos os seguintes dados:
v = 0, α = -g = -10 m/s², ∆s = hmax = 64,8 m

Portanto:  0 = vo² +2.(-g).hmax  ↔ - vo² = - 2.g.hmax  →  vo = √ 2.g.hmax

vo  = √ 2.10.64,8 = √ 1296   →  vo  = 36 m/s




R3)
Dados (=informados):  V0 = 8 m/s, V = 28 m/s e ∆t = 10 s.   α = ?

V = V0 + α.∆t  →  28 = 8 + α.10  →  10α = 20  →  α = 2 m/s²



R4) 
Foram dados:
a)     distância entre A e B = 300 Km
b)     velocidades constantes porém sentidos contrários: VA=50 Km/h e VB=100 Km/h
c)      Carro (A) parte aos 12:00h
d)     Carro (B) parte aos 13:00h

Vamos calcular os tempos que cada carro leva para fazer os 300 Km de distância entre cidades A e B.
1)     Carro que sai de A = 50 Km/h  → ∆t = 300/50 = 6h
2)     Carro que sai de B = 100 Km/h → ∆t = 300/100 = 3h

A origem do sistema de referência é a cidade A. 
Então o gráfico é:

















R5)
S=12m
t=6s
v=?
Vm = ∆S/∆t = 12/6 = 2 m/s  →  Vm = 2 m/s



R6)
S=200km
t=4h
v=?
Vm = ∆S/∆t = 200Km/4h = 50 Km/h  → Vm = 50 Km/h


Mesmo o carro tendo ficado parado algum tempo durante a viagem, para o cálculo da velocidade média não levamos isso em consideração.



R7)

Vm = ∆S/∆t  → ∆t = ∆S/Vm = 100m/5m/s = 20 s  →  Vm = 20 s


R8)

a)   S = 100 + 80*t
S = S0 + V*t
Comparando as duas expressões: S0 = 100 m e V = 80 m/s

b)   t = 2s →  S = 100 + 80*2 = 100 + 160 = 260  →  S = 260 m


c)   S = 500m
500 = 100 +80*t  → 80*t = 400  →  t = 5 s

d)   O movimento é progressivo, porque a velocidade é positiva e a posição aumenta com o tempo.


R9)

a) S = 60 – 12*t  (S→Km, t→h)
S = S0 + VT
Comparando as duas equações:  S0 = 60 Km, V = -12 Km/h

b) T = 3 h
S = 60 – 12*t  →  S = 60 – 12*3 = 24  →  S = 24 Km

c) Instante (t=?) quando passa pela origem de espaços (S0 = 0):
S = 60 – 12*t  →  0 = 60 – 12t  →  12t = 60  →  t = 5 h

d) O movimento é retrógrado porque a velocidade é negativa e a posição diminui com o tempo (está contra o sentido positivo da trajetória).



R10)
a)   MU -  S = So + Vt
      So = 420 Km e
      V= -70 Km/h (negativo porque está se movendo no sentido contrário ao sentido positivo da trajetória).
      Logo, a equação horária é: S = 420 – 70t (S Km, t h)

b)   t=?, quando passa na posição zero (S=0)
      S = 420 – 70t
      0 = 420 – 70t  →  t = 6 h



R11)
(t→h, SA e SB→Km)

SA = 30 – 80t
SB = 10 + 20t

t = 0, temos SA = 30 Km, SB = 10 Km











Instante do encontro:
SA = SB  → 30 – 80t = 10 + 20t →  - 100t = -20 → t = 0,2 h

Posição do encontro:
SA = SB  → SB = 10 + 20t → SB =10 + 20*0,2 →  SA = SB  = 14 Km



R12)







Pelo desenho obtemos as equações horárias:

Móvel-1:  S(1) = 15 + 20t
Móvel-2:  S(2) = 45 – 10t

Instante do encontro:
S(1) = S(2)  →  15 + 20t = 45 – 10t   →  t = 1 s

Posição do encontro:
S(1) = S(2)  → S(1) = 15 + 20t = 15 + 20*1 = 35 m  →  S(1) = S(2) = 35 m


R13)
Trata-se de um Movimento Uniforme:
Colocando em desenho os dados fornecidos.











As equações horárias são ( S → Km, t → h):
1)      S(P) = 80t
2)      S(Q) = 300 – 70t

a)     No encontro S(P) = S(Q)
      80t = 300 – 70t  → 150t = 300  →  t = 2 h

b)     Posição de encontro S(P) = S(Q).
      S(P) = 80t = 80x2 = 160 Km  →  Posição de encontro: 160 Km de A.



R14)
O movimento é uniforme:  s = s0 +vt














Como consideramos S0=0, a origem de espaços no SOL:  s = vt

Portanto:  t = s/v = 1,49x108 /3x105 = 497 →  t = 497 s

Para o tempo em minutos é só dividirmos por 60, porque 1 min = 60 s:

t = 497/60 8min 17s




R15)
A LUZ é muito mais veloz que o som:
















Assim, uma pessoa vê o relâmpago quase no mesmo instante de sua produção, mas, só ouve o som do trovão alguns segundos depois.

Vamos considerar que a velocidade do som no ar é constante e o movimento de propagação é uniforme (portanto: MU, s = s0 + vt).

A origem dos espaços na origem do relâmpago: s(som) = vt.
s(som) = 340*5 = 1700 m  → s(som) = d = 1,7 km (distância que separa o indivíduo do local da origem do relâmpago).

Para LUZ:
s(luz) = v(luz).t(luz) → t(luz) = s(luz)/v(luz) = 1,7/300000 ≈ 5,7 x 10-6  s

t(luz) 5,7 x 10-6  s = 5,7 μs (microsegundos)




R16)
Um pouco de biologia humana: Quando um raio luminoso atinge a retina de nossos olhos, produz uma sensação luminosa que dura um décimo de segundo, depois que o raio deixou de existir.  O movimento de personagens e objetos que enxergamos na tela de um cinema deve-se a essa particularidade de nossa retina.
Uma fotografia é projetada na tela durante um tempo muito curto (aproximadamente, 0,04 s, pois em um segundo são projetadas 24 fotografias), mas suficiente para impressionar nossa retina; logo é substituída por outra, ainda que em nosso olho persista a anterior, e assim sucessivamente.  Para nosso olho, essa sucessão nos dá o efeito da visão de um movimento contínuo.

Agora vamos a resolução do problema:
Como a velocidade de projeção é constante (24 fotografias por segundo), o movimento é uniforme (MU).

Logo, podemos aplicar a fórmula: s = vt, sendo v=velocidade, número de fotografias por segundo; t=tempo em segundos e s=número de fotografias.

Para t=2h = 2 * 60 * 60 = 7200 s
s = vt = 24*7200 = 172.800 fotografias



R17)
Desenhando o que foi descrito no texto do problema, temos:











A velocidade média do móvel no percurso total:

v = 2d / (t1 + t2)

Calculando os tempos t1 e t2:

t1 = d / 30 e t2 = d / 10  →  (t1 + t2) = d/30 + d/10 = 4d/30

Logo,
v = 2d / (t1 + t2) = 2d / (4d/30) = 60d/4d = 15 v = 15 km/h


A velocidade média no percurso AB é 15 km/h. Note que não é igual à média aritmética das velocidades médias em cada trecho do percurso, pois não se trata de MUV. 




R18)

























a)     Calculando o tempo (em segundos) de ultrapassagem:

Pela figura observamos que: O ponto P se aproxima do ponto Q na velocidade (relativa) de 20 km/h; e alcança o ponto Q após percorrer 80 m (=soma dos comprimentos dos trens).

s = v.t  →  0,080 = 20.t  →  t = 0,080/20 = 0,004 h →  t = 0,004 * 3600 = 14,4 → t = 14,4 s


b)     Calculando o espaço percorrido pelo trem P.
(adotando s0 = 0, origem dos espaços, onde inicia a ultrapassagem (A))

s = s0 + v.t  →  s = 30*0,004 = 0,12 km →  s = 120 m




R19)
Desenhando a situação do problema com os dados informados:













Vamos calcular primeiramente, o tempo gasto pelo trem de passageiros (até a parada total); e a distância percorrida.

A origem dos espaços: posição onde o trem de passageiros inicia a frenagem.

Trem de Passageiros (MUV):
s = s 0 + v0.t + α.t²/2; v = v0 + αt;  s 0 = 0 e v0 = 72 km/h (= 72: 3,6 = 20 m/s)

v = v0 + αt  →  0 = 20 – 4t  →  t = 5 s (para a parada total)

s = s 0 + v0.t + α.t²/2  → s = 0 + 20*5 – 4*5²/2 = 50 m  →  s = 50 m  (até a parada total)


Trem de Cargas (MU):
Vamos calcular quanto o trem de cargas anda, até a parada total do trem de passageiros.  (t = 5 s, 43,2 km/h = 12 m/s, s 0 = 100 m)

s = s 0 + v.t  →  s = 100 + 12*5 = 60 →  s = 160 m


Não há colisão entre os trens; vejamos as posições finais dos trens, após a parada total do trem dos passageiros:
























O trem de passageiros andou 50 metros até parar totalmente e gastou 5 segundos.  Enquanto que o trem de cargas andou 60 metros nos mesmos 5 segundos. Portanto, a distância entre os trens, quando o trem de passageiros parou é de 110 metros.  Logo, não há colisão.



R20)










Movimento do foguete é uniforme, portanto,

s = s0 + v*t , s0 = 0 (pois, vamos adotar que a origem de espaços é a Terra).

3,84x108 = 1,52x10³*t  →  t = 3,84x108 / 1,52x10³ = 2,52x105 segundos
Para obtermos o tempo, em horas, basta dividirmos por 3600:

t = 2,52x105  / 3600 = 70 horas
Logo, não há colisão.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Cinemática

Cinemática é a parte da Mecânica que estuda os movimentos sem se preocupar com suas causas. 


Em cinemática não nos preocupamos com as causas dos movimentos. Só nos interessa descrever o movimento, determinar a posição, a velocidade e a aceleração do móvel, num determinado instante de tempo.


A cinemática pode ser dividida em:
1)     Movimento retilíneo uniforme (MRU);
2)     Movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV);
3)     Movimento de queda livre (aceleração da gravidade constante);
4)     Movimento circular uniforme


A cinemática estuda basicamente 4 coisas:
1)     Deslocamento de uma partida;
2)     Tempo gasto para fazer um deslocamento;
3)     Velocidade média ou instantânea de um ponto material;
4)     Aceleração de uma partícula


De forma geral, trabalharemos com um móvel especial chamado “ponto material”.  O ponto material é um corpo cujas dimensões podem ser desprezadas em dados fenômenos em confronto com as demais dimensões envolvidas.

Por exemplo: Porta aviões é um ponto se estiver no oceano.  


TEMPO – é uma noção primitiva (=aceita sem definição) e fundamental na descrição de qualquer movimento.

POSIÇÃO – é a localização do móvel em uma determinada trajetória.

REFERENCIAL – o movimento é considerado relativo a um referencial (sistema de referências).

a) Um ponto material está em movimento em relação a um determinado REFERENCIAL, quando sua posição medida nesse referencial varia no decurso do tempo.

b) O ponto material está em REPOUSO num referencial, quando sua posição, medida nesse referencial, não varia no decurso do tempo.

O que é deslocamento?
Descolamento é a posição final subtraída da posição inicial, ou seja, numa viajem São Paulo (SP) – Belo Horizonte (MG), Belo Horizonte (MG) – São Paulo (SP) o seu deslocamento é nulo, porque você andara 580 km para ir até Belo Horizonte e mais 580 km para voltar para São Paulo, entretanto no sentido contrário ao anterior, com isso o deslocamento final é zero (580-580=0).

O que é distância percorrida? 
Distância percorrida é quanto o corpo andou, ou seja, na viagem São Paulo (SP) – Belo Horizonte (MG), Belo Horizonte (MG) – São Paulo (SP), você anda 580 km para o primeiro trajeto, e mais 580 km para o segundo trajeto, no total você percorreu 1.160 km.

VELOCIDADE MÉDIA
Por definição: A velocidade média (por definição) Vm, no intervalo de tempo ∆t é a relação:

Indicando por “s” a posição (ou espaço) de um ponto material P, medida a partir de um ponto O (Origem dos espaços, ou marco zero, ou origem das posições) na trajetória, num determinado referencial (Figura-01).  No instante t1 sua posição é s1 e no instante posterior t2 sua posição é s2 (Figura-02).  No intervalo ∆t = t2 – t1 a variação de posição do ponto P é ∆s = s2 – s1, chamado de deslocamento.


Notamos na definição de velocidade média que, ∆t é sempre positivo, pois é a diferença entre o instante (=tempo) posterior t2 e o instante anterior t1.  Já o deslocamento ∆s = s2 – s1 pode ser positivo, se s2 > s1; negativo se s2 < s1 e, eventualmente nulo, quando o móvel retorna a sua posição inicial (s2 = s1).

O sinal de ∆s determina o sinal da velocidade média.


Uma velocidade positiva indica que o móvel está caminhando a favor da orientação positiva da trajetória, seus espaços crescem algebricamente no decurso do tempo e o movimento é chamado progressivo (Figura-03).


Uma velocidade negativa indica que o móvel está caminhando contra a orientação positiva da trajetória, seus espaços decrescem algebricamente no decurso do tempo e o movimento é chamado retrógrado (Figura-04).





MOVIMENTO UNIFORME (MU):
Quando um móvel percorre distâncias iguais em intervalos de tempos quaisquer, porém, iguais e, portanto, sua velocidade média em qualquer intervalo de tempo tem o mesmo valor, dizemos que a velocidade é constante no decurso do tempo.   Esses movimentos que possuem velocidade constante com o tempo são chamados de Movimentos Uniformes.


1)   Equação horária: s = s0 + v.t  (fórmula do sorvete) 
      s – s0 = v.t          
∆s = v.t   (não gosto de decorar fórmulas, mas, coloco aqui como curiosidade: Deus Vê Tudo)

Onde
s = posição final
s0 = posição inicial
v = velocidade
t = intervalo de tempo


2)  Velocidade = constante ≠ 0




MOVIMENTOS COM VELOCIDADE VARIÁVEL

São movimentos que a velocidade varia no tempo.   Estes movimentos são mais comuns no cotidiano: por exemplo, uma pessoa andando, ou, um carro se deslocando, possuem velocidades variáveis no tempo.


Velocidade média e instantânea
Nos movimentos variados devemos distinguir duas velocidades: a velocidade média definida num intervalo de tempo e a velocidade instantânea em uma posição particular:











Vamos considerar o movimento de um ponto P indicado na Figura-05.  Seja s1 a posição do ponto, no instante t1 e s2 sua posição no instante t2, um pouco depois.  O espaço percorrido, ∆s = s2 – s1, pelo intervalo de tempo correspondente, ∆t = t2 – t1, define a velocidade média:

Para determinarmos a velocidade instantânea na posição s1, podemos escolher a posição s2 cada vez mais próxima de s1 e calcular os quocientes ∆s/∆t.
Em outras palavras:  A velocidade  v no instante t é o valor limite a que tende ∆s/∆t  quando ∆t tende a zero:





Aceleração média e instantânea
Aceleração é a grandeza que mede a variação da velocidade no decurso do tempo.  Num movimento variado, seja v1 a velocidade do móvel no instante t1 e v2 a velocidade no instante posterior t2:








Movimento acelerado e retardado
Quando um carro está acelerado sua velocidade aumenta no decurso do tempo.  Se outro carro está retardando sua velocidade diminui com o tempo.



































Para saber se um movimento é acelerado, ou retardado, devemos comparar os sinais da velocidade e da aceleração.








MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO (MUV):

MUV é um movimento no qual a variação da velocidade é diretamente proporcional ao intervalo de tempo correspondente.  Isto significa que a aceleração é constante (≠ 0)


Estas funções, acima, definem o MUV em qualquer tipo de trajetória.


EQUAÇÃO DE TORRICELLI
Há muitos casos nos quais interessa relacionar a velocidade v em função da posição s. Nesses casos eliminamos a variável t entre as duas expressões anteriores, obtendo a chamada equação de Torricelli, onde a velocidade v varia em função do espaço s


Nesta equação, vo é a velocidade inicial e α é a aceleração do movimento, podendo ser positiva ou negativa, em função das convenções adotadas. 


QUEDA LIVRE dos corpos

Desprezada a resistência do ar:

1)     Todos os corpos, independentemente de seu peso, ou massa, caem com a mesma aceleração.  Próximos da superfície da Terra, a velocidade de queda é proporcional ao tempo, isto é, a aceleração é constante.
2)     As distâncias percorridas pelos corpos abandonados em queda livre são proporcionais aos quadrados dos tempos, isto é, a função horária s=f(t) é uma função de segundo grau.
A queda livre e lançamento na vertical são movimentos uniformemente variados (MUV).


Na QUEDA, o módulo da velocidade do corpo aumenta: o movimento é ACELERADOLANÇADO verticalmente para cima, o módulo da velocidade diminui: o movimento é RETARDADO. Figura-06



À medida que o corpo lançado verticalmente sobe, sua velocidade decresce até se anular na altura máxima.  Aí, o corpo MUDA de SENTIDO e cai em movimento acelerado.  Figura-07



A velocidade muda de sinal, mas a aceleração é negativa, quando orientamos a trajetória para cima, esteja o corpo subindo, ou descendo.  Figura-08


A velocidade muda de sinal, mas a aceleração é positiva, quando orientamos a trajetória para baixo, esteja o corpo subindo, ou descendo.  Figura-09




Todas as funções do MUV descrevem a queda livre e o lançamento na vertical, somente substituído α (=aceleração) pelo g (=aceleração da gravidade).  O sinal da aceleração depende do sentido de orientação da trajetória.  Figura-10.