1) Um ponto material de massa igual a 2Kg está
apoiado numa superfície horizontal perfeitamente lisa, em repouso. Uma força
constante de intensidade 6 N, paralela ao apoio atua durante 10 s, após os
quais deixa de existir. Determine: A) a
aceleração nos 10 s iniciais; B) a velocidade ao fim de 10 segundos; C)
considere a origem dos espaços a posição inicial, onde o corpo estava em
repouso, calcule a distância percorrida pelo ponto material após 30 segundos.
A) O peso P
e a normal N anulam-se verticalmente
e por isso, só consideraremos a força F.
A força F constante produz a
aceleração constante α (MUV).
FR=m.α → F=m.α → 6=2.α → α = 3 m/s²
B) Ao fim de 10s a velocidade do corpo é:
v = v0 + αt, v0=0, α=3 m/s², t=10s
Logo: v=0+3.10 = 30 m/s → v = 30 m/s
C) Nos primeiros 10 s → MUV e entre t=10s e t=30s →
UM:
I) s
= s0 + v0t + α.t²/2
→ ∆s= v0t + α.t²/2
= 0 + 3.(10)²/2 = 150 m → ∆s = 150 m
II) v=30m/s (após 10s o corpo continua com MU) e ∆t=20s
∆MU = vt = 30.20 = 600 → ∆MU = 600 m
Portanto, a distância total
percorrida pelo ponto material é:
∆stotal = 150 + 600 =
750 m
2) Dois corpos A e B, de massas
respectivamente iguais a 2 kg
e 3 kg
estão apoiados numa superfície horizontal perfeitamente lisa. A força
horizontal F=10N constante é aplicada no bloco A. Determine: A)
aceleração adquirida pelo conjunto; B) a intensidade da força que A
aplica em B.
Solução:
A) Para aplicarmos a
equação fundamental da dinâmica
Em cada bloco, o peso P e a
normal N anulam-se verticalmente; por isso,
vamos considerar apenas as forças
horizontais, pois a solicitação inicial F
é horizontal. Em A existe a força externa F cuja reação está no agente
externo que a produziu e a força de reação
f correspondente à sua ação
de contato em B. Em B existe horizontalmente,
apenas a força f ação de
A em B.
A intensidade da resultante das
forças em A é (F-f), pois F favorece a
aceleração α e f se opõe. Em B a
resultante é apenas f.
Com F = 10 N, mA = 2 kg , mB = 3 kg temos:
10 = (2 + 3).α → α = 2 m/s²
B) A intensidade de f, força de A em B pode ser
obtida por qualquer uma das equações (1), ou (2) anteriores.
De equação (2): f = mB.α = 3*2 =6 → f = 6 N
Respostas: A) 2 m/s²; B) 6 N
De equação (2): f = mB.α = 3*2 =6 → f = 6 N
Respostas: A) 2 m/s²; B) 6 N
I) Numa interação deste tipo, o corpo A não
transmite a B integralmente a força F; a diferença entre o que recebe e o que
transmite resulta em aceleração.
II) Um cálculo rápido da aceleração pode ser feito
considerando A e B como um único corpo; nessas condições a força f não
interfere no cálculo pois passa a ser uma força interna. Assim:
3) Três corpos A, B e C de massas mA = 1 kg , mB = 3 kg e mC = 6 kg estão apoiados numa
superfície horizontal perfeitamente lisa.
A força constante F = 5 N, horizontal, é aplicada ao primeiro bloco A.
Determine: a) a aceleração adquirida pelo
conjunto; b) a intensidade de força que A exerce em B; c) a intensidade da
força que B exerce em C.
Como no exercício anterior o peso
de cada bloco continua anulado, verticalmente, pela reação normal do
apoio. Para determinação da aceleração,
consideremos globalmente o sistema de corpos como um único bloco de massa mA
+ mB + mC = 10
kg .
Pela equação fundamental da
dinâmica:
Seja f1 a intensidade da força de A sobre B e f2, a de B em C.
F = (mA + mB).α
→ 12 = (2 + 4).α
→ α = 2 m/s²
Respostas: a) 0,5
m/s²; b) 4,5 N; c) 3 N
4) Dois corpos A e B de massas iguais a mA
= 2 kg e
mB = 4 kg
estão apoiados numa superfície horizontal perfeitamente lisa. O fio que liga A
a B é ideal, isto é, de massa
desprezível e inextensível. A força
horizontal F tem intensidade igual a 12 N, constante. Determine: a) aceleração do sistema; b) a
intensidade da força de tração do fio.
Solução:
a) aceleração do sistema: considerando globalmente
os corpos:
b) tração do fio: considerando cada corpo.
Pela equação fundamental da
Dinâmica para corpo A.
Corpo (A): T = mA.α
= 2*2 = 4 → T = 4 N
Este resultado poderia, também,
ser obtida equacionando-se para o corpo B.
F
– T = mB.α → 12 – T = 4*2 → 12 – T = 8 → T = 4 N
Respostas: a) 2 m/s²; b) 4 N
5) Os corpos A e B da figura tem massas
respectivamente iguais a mA = 6 kg e mB = 2 kg . O plano de apoio é
perfeitamente liso e o fio é inextensível e de peso desprezível. Não há atrito entre a polia e o fio,
considerada sem inércia. Adotar g = 10 m/s².
Determine: a) a aceleração do conjunto; b) a tração do fio.
a) Considerando separadamente cada corpo:
Em A, a força normal NA anula a ação do Peso,
pois não há movimento vertical. Pela equação fundamental da dinâmica:
T = mA*α, com mA = 6 kg → T
= 6α (Eq-01)
Considerando o corpo B:
Sua aceleração é a mesma de A pois o fio é ideal
(inextensível e massa desprezível): no mesmo intervalo de tempo A e B percorrem
as mesmas distâncias e atingem a mesma velocidade.
O peso PB provoca α e a tração T opõe-se a α; daí, pela equação
fundamental, temos:
PB – T = mB*α, mB = 2 kg → PB
– T = 2α (Eq-02)
Substituindo a (Eq-01) em (Eq-02)
temos:
T = 6α em PB – T = 2α → PB – 6α = 2α → 2*10 = 2α +
6α → 8α = 20
→ α =
2,5 m/s²
Substituindo este valor de α na (Eq-01):
T = 6α → T = 6*2,5 = 15 N → T = 15 N
Respostas:
a) α = 2,5 m/s²; b) T = 15 N
Podemos calcular a aceleração,
considerando A e B como um único bloco.
FR = PB → m(A+B)α = mB.g
Assim, se (mA + mB)
é a massa do conjunto, temos:
Solução:
6) No arranjo experimental da figura os corpos A, B
e C têm massas respectivamente iguais a
mA = 5 kg ,
mB = 2 kg
e mC = 3 kg . A aceleração da gravidade local é 10 m/s². Os
fios são idéias (=inextensíveis e massa desprezível); não há atritos entre fios
e as polias. O plano horizontal é perfeitamente liso. Determine: a) a
aceleração do sistema de corpos; b) as trações nos fios.
O peso de B é anulado pela reação
normal do apoio; porém os pesos PA e PC são forças
externas ativas. PA é maior que PC:
O elevador desce verticalmente
com aceleração α=2m/s² em relação a um Observador Externo em repouso no solo.
Este observador externo, que é um referencial
inercial, vê atuarem no homem, as forças P, ação da Terra e N,
ação da balança no homem. O homem atua
na balança, exercendo a força de intensidade N, que é a indicação, pois está calibrada em
forças.
Resposta:
Se o sistema partir do repouso, o corpo B move-se da esquerda para a direita, pois, o peso de A é maior que o de
C.
O peso PA favorece a
aceleração e PC se opõe. Pela equação fundamental da dinâmica
aplicada ao conjunto de corpos de massa total (mA + mB +
mC) vem:
Para a determinação das trações
nos fios, consideremos cada corpo. No caso há duas trações pois temos dois fios.
Assim:
Como já temos a aceleração α bastam duas dessas equações
para a determinação das trações. De (Eq-1) e (Eq-2), por exemplo, temos:
Respostas: a) 2 m/s²;
b) T1=40N; c) T2=36N
7) Um homem de 70 kg está na cabina de um
elevador que desce acelerado na razão de 2 m/s². Considere o homem apoiado numa
balança, na escala calibrada em newtons. Determine
a intensidade da força indicada na balança.
Adotar g = 10 m/s2².
Solução:
A resultante das forças que atuam
no homem é FR = P – N; logo:
A indicação da balança é 560 N
8) No arranjo experimental da figura, A e B têm
massas respectivamente iguais a 6
kg e 2
kg . Os fios e as
polias têm massas desprezíveis. Não há atritos entre o fio a polia. Determinar:
a) a aceleração do conjunto; b) as trações nos fios. Considere que o sistema
partiu do repouso e adote g=10 m/s².
O
arranjo experimental é conhecido como máquina de Atwood (1745-1807), físico
inglês, que com um arranjo deste tipo estudou a queda dos corpos.
a) O corpo A desce enquanto B
sobe, pois o peso de A é maior que o de B.
b) Vamos calcular a força de
tração no fio que liga A a B.
Qualquer uma das equações
anteriores nos fornece T.
Vamos
tomar a (eq-2):
A tração T1 no fio que liga o eixo da polia
ao teto pode ser obtida como se segue:
A polia não possui peso e seu
eixo está em
equilíbrio. Deste modo a resultante das forças é nula.
Respostas: a) α =
5 m/s²; b) 30 N e 60 N
9) Determine a força que o homem deve exercer no
fio para manter em equilíbrio estático o corpo suspenso de 360 N. Os fios são
considerados inextensíveis e de massas desprezíveis; entre os fios e as polias
não há atrito. As polias são ideais, isto é, não possuem massa.
Para haver equilíbrio, a
resultante da força deve ser nula. No corpo suspenso, a tração T é igual ao
peso P = 360 N, pois não há aceleração. A distribuição de trações é como
indicam as figuras a seguir:
Homem:
Elevador:
T – (N + Pc) = M.α (Eq-2)
Podemos observar que as (Eq-1) e
(Eq-2) formam um sistema de duas equações a duas incógnitas (T e N).
Resposta: 45 N
10) O sistema esquematizado compõe-se de um elevador
de massa M e um homem de massa m. O elevador está suspenso a uma corda
que passa por uma polia fixa e vem às mãos do operador; a corda e a roldana são
supostas ideais. O operador puxa a corda e sobe com aceleração constante α, juntamente com o elevador. São supostos conhecidos M, m, α e g.
Determine a força que a plataforma exerce no operador.
Solução:
Considerando o sentido da
aceleração α como positivo, vamos
isolar os corpos, identificando todas as forças que atuam sobre eles:
P = peso do homem;
T = reação ao puxão que o homem
dá na corda;
N = reação do elevador sobre o
homem (força a determinar).
Como só há movimento na direção
vertical, então temos que:
T + N – P = m.α (Eq-1)
Pc = peso da cabina do elevador;
T = ação devido ao puxão que o homem dá na corda;
N = ação do homem sobre o elevador.
Então temos que: